Escrevi a você uma
carta que está agora enterrada em mim ou foi lançada nesse interior
espaço sem fim. Se você é, por força da transferência da qual
foi vítima, testemunha onisciente do universo neste instante, por
favor, leia-a com atenção; atenção que não pude eu dar àquelas
palavras, porque elas aqui não existam ou porque soem nesse mundo
demasiadamente vagas ou sem sentido; pelo excesso de dúvidas ou pela
falta de explicações, pouco importa; meu desejo de lhe entregar
essas notas é ainda maior que o desejo de entender o que sinto.
Com amor,
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